EVS | Workshops de Cultura e Criatividade on Tour
O objetivo era falar de cultura, fazê-los falar um bocadinho de Inglês, partilhar conhecimento e essencialmente passar um bom bocado.
É interessante estar deste lado, observar as características de cada idade, adaptar as actividades a cada faixa etária e ver o produto final, que é sempre inesperado, mas que acaba sempre em rios de abraços. Ao final de algum tempo, o final deixou de ser tão inesperado e começámos a sentir mais confiança em estar à frente de uma turma de 20 alunos. Afinal, alguns estavam contentes por nos verem, foram safos de uma longa hora e meia de aula de Matemática.
A linguagem continua a ser uma barreira, principalmente entre os mais novos, mas ao fim de algum tempo começamos a perceber que o respeito pelo outro ou a tolerância se ensinas de uma formad fácil, transcendente a línguas ou culturas.
Ai Lídia Correia, não melhores essa postura que não é preciso... |
Nas escolas secundárias, tivémos a oportunidade de falar sobre voluntariado, sobre o que é Serviço Voluntário Europeu e gerar partilha de ideias de temas como o terrorismo, a tolerância, o futuro e liberdade.
Muitas caras diferentes, muitas delas não cheguei a decorar.
Acredito que muitos deles não tenham fixado na minha (mas muitos decoraram, que eu sei).
No ar fica a esperança que tenham fixado, pelo menos, algo que lhes tenha ensinado, que ponderem fazer voluntariado no futuro porque se inspiraram num de nós; que tenham conseguido ver várias prespectivas de um mesmo tópico, que é bom ter diferentes opiniões e que não devemos impor a nossa só porque achamos que é a mais correta. E se tiver passo isso a um deles, já me sinto concretizada e toda esta experiência já valeu a pena.
Continuo a achar que não tenho vocação para ser professora ou educadora de infância, mas até que é um papel que até consigo desempenhar mais ou menos bem, se não tiver que fazer dia sim, dia sim. Confesso que preciso de alguma preparação mental.
Sei que um dia me vejo a fazer workshops e actividades com jovens. Não é propriamente a faixa etária mais fácil de trabalhar (sempre gostei de desafios, sei lá) e sei que não vou receber xis coração a torto e a direito (dar xis ainda não é considerado uma coisa fixe). Mas gosto poder falar de assuntos que realmente interessam, gerar o debate de ideias, mostrar alternativas diferentes, abrir horizontes.
A nossa tour por escolas e escolinhas acabou.
Agora somos pequenas celebridades na comunidade, no meio de "Hello's" mais ou menos tímidos e acenos. (eu disse que alguns tinham decorado a minha cara, huehuehue)
E no fim, o sentimento de dever cumprido. Mas calma. Que ainda não é o fim.