Personal | Dia de aniversário a 3.000 km de casa

08:43 Unknown 5 Comments

Pequenos grandes gestos

Acredito que não é preciso datas especiais para se celebrar o que quer que seja, no entanto,  fazer anos é ter o direito irrevogável de ser mimado mais um bocadinho do que o costume e reunir todas as pessoas que mais gostamos, pelo menos durante um dia, todos os anos.
Este ano foi diferente.
Estou a cerca de 3.000 km de casa e de tudo o que conheço e a ansiedade pré-aniversário não se fez sentir, até porque é nas datas especiais que custa mais estar longe.

Alguns dos miminhos das minhas miúdas


Estar longe, no entanto, não é sinónimo de não ser mimada e a distância física não é nada, quando temos pessoas que realmente gostam de nós e nos querem ver felizes independentemente de tudo.
Não há obrigados suficientes para todas as pequenas surpresas, palavras e gestos que, este ano, tiveram um gostinho especial e me fizeram sentir menos pequenina neste país tão grande.



In love com o novo acessório! Made by Patty. A amiga super talentosa e cheia de bom gosto.

Um obrigado especial, ao João, ao parceiro desta nova aventura que me conhece apenas à duas semanas e que aturou a Lídia party animal. Escusado será dizer, que esta é a primeira de muitas.

Aos amigos de sempre e para sempre, aos amigos que não são de sempre mas que o serão e aos novos amigos: obrigada por tornarem 23 anos de história (da minha história) tão especial.






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9 coisas | Sobre viver em temperaturas negativas

02:59 Unknown 4 Comments



Sim, são 9... não é um número redondo, não é enfadonho e é o meu número favorito!
Sempre fui friorenta, é um facto, mas desde que vim para a Polónia percebi que o frio de Portugal é para meninos.
Para quem já está habituado é peanuts mas para quem nunca sentiu tanto frio na vida, há pequenas coisinhas e pequenos hábitos que obrigatoriamente mudam.
Para quem nunca lidou  com esta realidade, ficam algumas dicas, para quem já lida com isso, vai-se sentir familiarizado


1- Uma lufada de ar fresco nunca mais terá o mesmo significado

Sim, está frio. Sim, eu estou farta de saber que está frio.
Mesmo assim, acabo sempre supreendida e a fazer comentários mainstream sobre o frio que está...certinho como o destino.
Nunca estou suficientemente preparada psicologicamente para a trombada de ar frio que levo logo nos primeiros milésimos de segundo que me atrevo a pôr os pés fora da porta. Sim, ainda não...

2- Meias, meias, meias

Sempre tive tendência para ter os pés frios, por isso, meias nunca são demais!
Miúda dos 3 pares de meias? Presente!

3- Gelo, seu falsiane....

Quem nunca se riu a ver vídeos de pessoas no cai-não cai no gelo? Ah pois!
O karma não perdoa, e o gelo também não. É preciso ter-se mesmo muito cuidado onde se põe os pés e é bastante fácil dar uma queda das feias.
Não, (ainda) não caí. Sim, quase, quase que aconteceu. E não, não há videos disso!
João: não te estou a tentar dar ideias. Não compres essa guerra comigo.


4- Tira-casaco , veste-casaco

Os edíficios são, felizmente, quentinhos, até uma pessoa friorenta como eu anda confortavelmente de t-shirt em casa, por exemplo. Isso é ótimo certo? Óbvio.
No entanto, a passagem do interior para exterior e do exterior para o interior acarreta todo um ritual que deve ser meticulosamente seguido, exactamente por esta ordem: tira-luvas, tira-gorro, tira-casaco, tira-camisola, veste camisola, veste casaco, veste gorro, veste luvas.
Ao fim de uns dias habituamo-nos, mas nos primeiros parece que somos a personagem principal da cena do karate kid... tira casaco, veste casaco, tira casaco, veste casaco....




5- Óculos e as diferenças de temperatura

Se usares óculos ainda há agravante de ter que fazer o ritual do tira-casaco, veste casasco com os óculos embaciados tornas-te, portanto, numa cebola desorientada com campo de visão limitado.

6- Mãos frias, coração quente - Mãos quentes...

 A temperatura das mãos chegam a um ponto que estão tão frias que começam a aquecer, é um processo doloroso e demorado e aposto que há uma explicação muito simples e cheia de factos científicos sobre o porquê que isso acontece . Cá para mim, o frio parte-me o coração, e as mãos começam passar de frias para quentes, no sentido inverso do dito popular. Faz sentido?  Deixem a criança ser feliz, vá.

7- Neve, neve, neve

Para quem só viu e esteve uma vez ou duas na neve, ver a nevar no dia-a-dia é algo mágico.
Sempre gostei de ver a chuva a cair, mas ver a neve é mil vezes mais bonito e relaxante. Tem ainda a vantagem de não ser tão incómodo andar na rua enquanto neva como quando chove.
22 anos a evitar guarda-chuvas and still counting!



8- Pingo no nariz

Ainda da série - transições do exterior para o interior: caramba, é que é inevitável que o maroto do pingo no nariz surja quando vou de um sítio muito frio para um muito quente,.andar sempre com um pacote de lenços nos bolsos e na mochila passou a ser (ainda mais) fundamental.
(sim, estou mesmo a falar de ranhoca, eu sei que não é bonito mas toda a gente tem)

9- Casaco e botas: os  fiéis melhores amigos

Um bom casaco e umas botas são essenciais para estas temperaturas... Tenho vários casacos e vários pares de botas, mas dou por mim sempre a escolher o mesmo casaco e as mesmas botas quando sei que o frio vai apertar, mesmo parecendo que estou sempre vestida de igual. É quando o frio aperta que se percebe quais são as peças que realmente valem a pena, e que às vezes mais vale qualidade que quantidade.



Agora, que já estava pró nisto de andar no frio, as temperaturas vão aumentar e vão chegar aos 12º (positivos) ainda este mês... A Primavera já está a querer espreitar e está na altura de riscar da bucket list as coisas que ainda quero fazer com neve.

















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EVS | EVS em Plichtów

10:26 Unknown 0 Comments



Durante os próximos meses Natolin vai ser a minha casa e Plichtów o meu local de trabalho.
Plichtów e Natolin são vilas vizinhas e pertencem ao distrito de Nowosolna.
Apesar de serem vilas diferentes, são mesmo muito próximas uma da outra e é possível fazer o caminho casa-trabalho em apenas poucos minutos.
Plichtów fica a cerca de 13 km de Łódź, a terceira maior cidade da Polónia.

Centro Comunitário Cultural e Ecológico de Plichtów

"Descobre a tua vizinhança, descobre-te a ti próprio" é o nome do  projeto que integro, juntamente com o João no Centro Comunitário Cultural e Ecológico de Plichtów.
O Centro fica bastante perto da casa onde estamos alojados e por isso costumamos fazer esse caminho a pé, embora tenhamos a opção de o fazer de autocarro.


No Centro Comunitário, são organizadas bastantes actividades para toda a comunidade, desde aulas de inglês para crianças e séniores, danças latinas, tai-chi, yoga, aulas de cerâmica, pintura...
Agora, com a minha contribuição e do João, o Centro pode adicionar à sua lista aulas de Português.
O espaço é super acolhedor e temos o previlégio de trabalhar com pessoas muito competentes e dedicadas e sempre atentas às nossa possíveis dificuldades e à sua resolução.
Apesar de nem todos falarem Inglês, todos nos receberam com muita simpatia e de braços abertos.

O João e a Ilona
Estamos alojados no segundo andar da casa de uma das funcionárias do Centro, onde fomos muito bem recebidos por toda a gente, o Topiks (o cão da família) não nos recebeu de forma tão calorosa mas acho que estamos num bom caminho para criarmos uma relação baseada em carinho, confiança e biscoitos de cão.
Nem sempre é fácil comunicarmos, porque nós não falamos (ainda) polaco e eles não falam inglês, mas nada que não se resolva com paciência, força de vontade e mímica.

Quem disse que estar longe de casa tinha que ser super difícil?

Yes, I know. This isn't a bilingual post, too,but I'm working on that! Some news soon!




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EVS | O que é EVS?

07:35 Unknown 4 Comments

Créditos- João Miller
Cada vez mais conhecido, mas ainda nem tanto, o European Voluntary Service é um programa financiado pela Comissão Europeia que permite jovens entre os 17 e os 30 anos fazer um projeto de voluntário, noutro país, que não o seu país de residência.


Existem imensos projetos,tanto no campo de cultura e arte, actividades com crianças, jovens ou séniores, desporto, actividades lúdicas, ambiente, entre tantos outros.
É, portanto, relativamente fácil encontrar um projeto de interesse e que vá de acordo com as aptidões que se tem e/ ou que se desejam adquirir.
Estão excluídas intervenções de alto risco, como é o caso de assistência imediata em caso de catástrofe, ou em situações de imediato pós-crise.
Relativamente à duração, o projeto pode ter até 12 meses, existem projetos de curta, média e longa duração.


A estadia, alimentação, deslocações do voluntário são financiadas.
O voluntário, terá também uma quantia dinheiro (mensal) ou pocket money, e  terá liberdade de usar como quiser ( o valor é fixado pela Comissão Europeia e varia de país para país).
Porém, é necessário ter em conta, que enquanto voluntário, o dinheiro fornecido não é, de todo, com o objetivo de pagar os serviços e atividades realizadas, mas sim, fornecer as melhores condições possíveis de sobrevivência e assegurar o seu bem-estar físico e psicológico.

Obrigada Unplash por forneceres cheats para posts gigantes

O local de alojamento e formas de pagamento são também variáveis, de acordo com o país e projeto que o voluntário está inserido - é por isso importante, que o candidato se informe devidamente sobre todos estes factores junto das associações ou organizações envolvidas no projeto.
Um projeto EVS envolve uma parceria entre o voluntário, a organização de envio (no país do voluntário) e a organização de acolhimento (no país em que o projeto irá realizar-se) e ambas têm responsabilidades, desde preparação, formação e acompanhamento de todo o projeto.

Existem várias associações em Portugal a trabalhar com este programa.
A ProAtlântico é uma dessas associações, e é também, a associação de envio associada ao meu EVS.

No final do projeto, o voluntário terá direito a receber um Youthpass, que corresponde a uma espécie de certificado onde estão descritos todos os projetos e atividades que o voluntário esteve inserido, assim como as competências adquiridas e desenvolvidas.
Este é, definitivamente, uma ótima alternativa para quem quer conhecer o mundo, aprender novas línguas e experienciar novas culturas.



Ok, sou uma dessas pessoas! O que tenho que fazer?


Acede ao site da ProAtlÂntico (ou de outra associação que trabalhe com o programa) , lá terás uma lista de projetos, com o país, duração, e data de início. Na maioria dos projetos só será necessário enviar o teu currículo e carta de motivação,em inglês, mas está atento se necessitas de responder a algum inquérito específico ao projeto que te estás a inserir (não te preocupes, se for o caso estará especificado nas informações do projeto).
No site da Proatlântico tens ainda alguns modelos de cartas de motivação e de curriculos para te ajudar.
Depois de feita a candidatura só tens que esperar que te contactem.


Se precisares de mais alguma informação ou de um empurrãozinho para aquilo que pode ser a aventura da tua vida, não hesites em falar comigo e podes sempre ler alguns testemunhos de quem já fez EVS.

Vai que é teu!!

Está oficialmente inaugurada a categoria EVS do Calidioscópio.

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Olá mundo!

19:56 Unknown 0 Comments

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Não é por acaso que a criação deste blog coincide com o início de uma nova etapa.
Numa de aproveitar a vibe destemida e aventureira, que confesso, nem sempre me é característica, surge assim o Calidioscópio, fruto também de uma vontade tímida de tempos longínquos.
O que podem contar?
Genuinidade e boa disposição (assim, sem pão, sem nada).
Sejam bem-vindos às aventuras, pensamentos e reflexões de uma  miúda trapalhona, recém iniciada na vida adulta, blogger a estrear e voluntária a tempo inteiro.
Ficaram curiosos? Boa!

créditos da fotografia: João Miller

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